Psicoterapia – Cuidando de sua Saúde Mental

Cuidando de sua saúde mental

Por Chris Viana¹

A psicoterapia é uma ferramenta interventiva e eficaz no cuidado da saúde mental e alívio do sofrimento psíquico.


O sofrimento psíquico foi tematizado de diversas maneiras pela psicologia: sintomas, inibições, angústias, distúrbios de caráter, compulsões à repetição, são algumas de suas expressões mais freqüentes.

No cotidiano, nas relações, no contexto fisiológico e ambiental, as multiformas do sofrimento se revelam. Cada ser, em caráter personalíssimo, apresenta suas queixas, sintomas e comportamentos, que revelarão ou não este possível sofrimento.

O contexto histórico tentou procurou “decompor” o sofrimento psíquico em seus elementos de base para classificá-lo, estudá-lo e tratá-lo. 

Hoje sabemos que apenas uma estruturação ou rotulação de aspectos do comportamento não proporciona total compreensão desse sofrimento. O que está em questão não é o objeto (doença = sofrimento), mas o ser.

Muitos métodos terapêuticos na intervenção dos aspectos psicopatológicos, como os transtornos: de ansiedade, de humor, psicóticos, alimentares, de dependência química, dentre tantos outros tem demonstrado sua ineficácia. 

Ora por falta de competência profissional, ora por não comprometimento do paciente. Sem contar as variáveis ambientais: alto custo do tratamento, escasso acesso da população aos meios de tratamento, falta de orientação ou conhecimento das possíveis intervenções psicológicas, etc.

É perceptível a ação gradual e articulada entre profissionais da área de saúde, familiares e pacientes em aderir a programas de recursos interdisciplinares que inserem o sujeito na sociedade, educam e resgatem valores.

Em sua maioria, as condições desses transtornos são permanentes, as taxas de incidência e prevalência se equivalem na questão dos Transtornos da Personalidade. A incidência global de Transtornos da Personalidade na população geral varia entre 10% e 15%, sendo que cada tipo de transtorno contribui com 0,5% a 3%. (Fonte: APA).

A psicopatia, como transtorno específico de personalidade, é marcada por uma insensibilidade aos sentimentos alheios. Quando o grau dessa insensibilidade se apresenta elevado, levando o indivíduo a uma acentuada indiferença afetiva, ele pode adotar um comportamento criminal recorrente.

Os indivíduos com os chamados transtornos de personalidade apresentam padrões disfuncionais rígidos, inflexíveis, profundos e raramente buscam a psicoterapia. Em geral, o paciente chega ao tratamento por imposição de terceiros como o cônjuge e a família ou quando seu comportamento passa a afetar de maneira drástica os relacionamentos pessoais e profissionais. 

Na verdade, ele não sente esses traços de personalidade como disfuncionais; parecem certos aos seus olhos, resultando daí a tendência em recusar qualquer tipo de ajuda ou mudança.

Sem contar que, ainda muitos apresentam questões que se não forem corretamente avaliados, poderão implicar o agravamento de um quadro psicopatológico. A definição de problemas a serem tratados e metas a serem alcançadas. 


Muitas vezes perde o sentido, pois o paciente pode trazer questões mais amplas e difusas como uma sensação de vazio, com as dificuldades se espalhando por diversas áreas da vida e de seus relacionamentos e uma falta de motivação para o engajamento no processo terapêutico.

A Terapia focada no esquema é uma abordagem sistemática que amplia a Terapia Cognitivo Comportamental – TCC, ao dar ênfase às “investigações infantis e adolescentes, dos problemas psicológicos, às técnicas emotivas, à relação terapeuta-paciente e aos estilos desadaptativos de enfrentamento”. (Young, Klosko & Weishaar, 2008, p.21).

Logo, tem se mostrado bastante eficaz e trago respostas significativas aos mais diversos transtornos de personalidade, principalmente os que envolvem esquemas desadaptativos. Havendo a necessidade, a psicoterapia é indicada desde a idade mais tenra até os idosos. 


Para o bom resultado vão depender: da frequência as sessões terapêuticas, da disponibilidade de falar e expressar as angústias e da empatia e confiança estabelecida na relação paciente-psicoterapeuta. A subjetividade de cada um, deve ser levada em consideração, e desta forma o tempo em psicoterapia difere um para outro, dependendo das exigências de cada caso.


Se precisar de ajuda, seja atrevido e não se entregue.
Lute e cuide de seu sofrimento. Tente resolvê-lo. 
Não conseguindo busque auxílio, isso é muito importante.



Referencias:

American Psychiatry Association. (2013). Diagnostic and Statistical Manual of Mental disorders – dsm-5 (5th. ed.). Washington: American Psychiatric Association.

DSM-IV-trTM (2002). Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais (C. Dornelles, trad., 4ªed. rev.). Porto Alegre: Artmed.

APA.DSM-V - (2012). American Psychiatric Association. Texto recuperado em 04 de novembro de 2013: http://www.dsm5.org/. Acesso:15 de fevereiro de 2019.

Young, J.E. Terapia cognitiva para transtornos da personalidade: uma abordagem focada em esquemas. Trad. Maria Adriana Veríssimo Veronese. 3ª. ed. Porto Alegre: ArtMed; 2003.

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¹ - Christianne Viana é TeólogaPsicóloga Psicoterapeuta Focada em Esquemas, Mestranda em Filosofia da Religião e Colunista da Revista eletrônica A Empreendedora.

Orientação e Agendamentos:
E-mail: chrisspas@gmail.com

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